Boas Vindas


Seja bem vindo ao blog de física dos segundos anos do Colégio Energia de Blumenau.
Aqui serão postados os trabalhos sobre a influência da luz e do som na forma com que percebemos o mundo a nossa volta.
Falaremos sobre dois sentidos que nos enchem de informações sobre tudo: a Visão e a Audição.



O Olho Humano


A função básica dos olhos é captar a luz dos objetos, fazendo com que seja focalizada no plano posterior do globo, onde é transformada em impulsos eletromagnéticos, transmitidos até os centros visuais cerebrais. Nestes centros, dá-se o reconhecimento da imagem e a localização do objeto focalizado.


Cristalino: é uma estrutura transparente e biconvexa, se localiza atrás da íris e à frente do humor vítreo. Ela focaliza a luz que entra no olho e forma imagens na retina. Para que a imagem fique nítida e bem definida um anel de músculos, os músculos ciliares, faz movimentos permitindo ajustar o foco. Por ser uma lente biconvexa, a imagem que chega a retina é real e invertida.


Córnea: A córnea é a camada mais externa, que cobre o globo ocular, e é onde a luz chega primeiro. É uma estrutura transparente, esférica e não vascularizada, apresentando terminações nervosas.


Humor Aquoso: Líquido transparente produzido pelo corpo ciliar, que preenche a câmara anterior do olho. Contribui para a nutrição do cristalino e para as variações da pressão intra-ocular.


Retina: Camada mais interna, do olho. É composta de milhares de células sensíveis à luz, conhecidas como fotossensoras, capazes de transformar a energia luminosa das imagens em estímulos a serem transmitidos ao cérebro e transformados em imagens. Na retina encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes. A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes. São os cones as células capazes de distinguir cores, há três tipos deles, um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e outro com luz azul. Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz por isso eles são os responsáveis pela visão noturna. Na retina também temos a fóvea, que está no eixo óptico do olho, onde a imagem do objeto focado se projeta. Nesta área a imagem se forma com grande nitidez. No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina.


Mácula: Região central da retina. Na mácula é encontrada a maior quantidade de cones, o que faz dela o ponto onde a visão é mais clara e definida. Na região central da mácula destaca-se uma região ocupada só por cones, que apresentam uma estrutura especial, que auxilia no registro de imagens.


Nervo Óptico: Transporta as sensações visuais do olho para o cérebro. O nervo óptico estende-se do cérebro até próximo do centro da retina e, em seguida, ramifica-se. Os ramos do nervo óptico detectam os sinais luminosos e o nervo óptico os transmite ao cérebro, onde eles são interpretados como imagens visuais.


Defeitos da Visão:


Estrabismo


O estrabismo corresponde à perda do paralelismo entre os olhos, onde os mesmos se movimentam em direções diferentes e não conseguem focalizar juntos o mesmo objeto. Pode ser causado por diferenças acentuadas nos graus de miopia ou hipermetropia dos dois olhos, por desenvolvimento insuficiente ou desigual dos músculos que os movem ou ainda por algum problema do sistema nervoso central.













Existem três formas de estrabismo:
Convergente (mais comum): Desvio de um dos olhos para dentro;
Divergente: Desvio para fora;
Vertical: Um olho fica mais alto ou mais baixo que o outro.

E pode apresentar-se de três maneiras:
Constantes: Desvio de um dos olhos permanentemente observado. (Monoculares quando apenas um dos olhos se desvia; Alternados quando ora é um olho ora é outro.);
Intermitentes: Ora os olhos estão alinhados ora há desvio;
Latentes: Só é possível verificar com testes oculares.

A correção é feita com óculos, os chamados estrabismos acomodativos (relacionados em geral à necessidade de correção do grau de hipermetropia). Operam-se os estrabismos que não são corrigidos com óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir. Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos são auxiliados por exercícios chamados ortópticos.

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Presbiopia


Presbiopia, popularmente conhecida como "vista cansada", é um erro refrativo causado por vários fatores, entre eles o aumento contínuo do cristalino e perda de elasticidade de sua cápsula, que faz com que os músculos ciliares não consigam mais modificar o seu formato, causando falta de focalização para as imagens de perto. Atinge as pessoas, normalmente, a partir dos 40 anos. Pessoas com Hipermetropia ou Diabetes mellitus tendem a apresentar a presbiopia precocemente, a partir dos 35 anos.




A correção é feita com o uso de lentes corretoras multifocais, bifocais ou pelo uso de óculos para leitura. Existem cirurgias experimentais que visam aumentar o espaço onde o cristalino se encontra, fazendo com que o mesmo volte a ter capacidade de acomodação, mas isso só faz com que o aparecimento da presbiopia demore, e não existem estudos que avaliem as complicações tardias desta cirurgia. Existe ainda uma outra alternativa, natural e sem restrições, que é através dos exercícios visuais elaborados por Dr.William Horatio Bates e/ou o uso temporário de óculos terapêuticos de PinHole (pequenos furos) que permitem, na maioria dos casos, enxergar sem lentes de grau, além de fortalecer a musculatura do sistema ocular e reprogramar as funções cérebro visuais, relaxando a musculatura e devolvendo ao globo ocular o seu formato original.





Daltonismo

O daltonismo, também chamado de discromatopsia ou discromopsia, é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.

Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossomo X, ocorre mais frequentemente entre os homens. No caso das mulheres é necessário que os dois cromossomos X contenham o gene anômalo. Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute no restante das cores do espectro.





















Existem três métodos para se diagnosticar a presença do daltonismo e determinar em que grau ele está afetando a percepção das cores de uma pessoa:

Anomaloscópio de Nagel: Aparelho onde a pessoa que vai ser examinada tem seu campo de visão dividido em duas partes. Uma delas é iluminada por uma luz monocromática amarela, enquanto a outra é iluminada por luzes monocromáticas verdes e vermelhas. O examinado deve tentar igualar os dois campos, alterando a razão entre a intensidade das luzes vermelha e verde, e modificando a intensidade da luz amarela.

Lãs de Holmgreen: Avaliação da capacidade de separar determinados fios de lã em diversas cores.

Teste de cores de Ishihara: Exibição de uma série de cartões pontilhados em várias tonalidades diferentes. Esse é o método mais utilizado para diagnosticar a presença do daltonismo, sobretudo nas deficiências envolvendo a percepção das cores vermelho e verde. Uma figura (normalmente uma letra ou algarismo) é desenhada em um cartão contendo um grande número de pontos com tonalidades que variam ligeiramente entre si, de modo que possa ser perfeitamente identificada por uma pessoa com visão normal. Porém um daltônico terá dificuldades em visualizá-la. Como este teste não pode ser utilizado em crianças ainda não alfabetizadas, desenvolveu-se um método secundário onde os cartões apresentam desenhos de figuras geométricas em vez de números e letras.



Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento para esse distúrbio. Porém, um daltônico pode viver de modo perfeitamente normal, desde que tenha conhecimento das limitações de sua visão.


Miopia

É a condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. O olho míope apresenta uma curvatura corneana acentuada ou comprimento do olho além do normal. Por esse motivo, a formação da imagem se dá antes da retina, resultando em uma baixa da visão.


Corrige-se esse defeito com o uso de lentes (óculos ou lentes de contato) divergentes e a cirurgia a laser, recomendada para pessoas que têm cerca de oito graus e só deve ser feita a partir dos 18 anos, quando o grau costuma estacionar.












Trata-se de um erro de refração que faz com que os raios luminosos que vão em direção dos olhos se encontrem num foco atrás da retina e não em cima como deveria ser para um olho normal. Isso causa dificuldade para enxergar objetos próximos e principalmente para leitura de textos. Ocorre principalmente após os 40 anos.













O defeito é corrigido com lentes convergentes ou com a cirurgia a laser na qual a curvatura da córnea é aumentada (tornando-a mais acentuada), proporcionando o correto posicionamento da imagem sobre a retina.


Astigmatismo

Astigmatismo significa que a córnea tem uma forma irregular, causando problemas de visão. A córnea é a cobertura clara em cima da lente e da íris. A córnea normalmente é arredondada e em pessoas com astigmatismo ela pode ser ovalada. Isto faz com que a luz se espalhe em vez de focalizar em um único ponto ao atravessar a córnea, resultando em uma visão borrada.












Para corrigir o astigmatismo é possível o uso de óculos ou lentes de contato ou cirurgia refrativa. As lentes de contato devem ser adaptadas para curvaturas específicas e com espessuras diferentes ao longo da superfície ocular para compensar a superfície irregular da córnea. Quanto maior o grau do astigmatismo, maior é a diferença de espessura da lente de contato. A cirurgia pode ser uma escolha, especialmente para pessoas que têm olhos secos ou outras condições que as proíbem de usar lentes corretivas cansativas. O tipo mais comum de cirurgia para corrigir o astigmatismo é o LASIK (laser in situ keratomileusis).